quarta-feira, 16 de junho de 2010

Tudo tem seu tempo.



Tudo tem seu tempo! Quando me diziam isso, na época que eu queria engravidar, adotar, ser mãe, eu me revoltava. Revoltava mesmo porque via tanta criança sendo deixada na lata do lixo e eu querendo um filho e não conseguia.
Hoje vejo que a máxima é a mais pura verdade. Na HORA CERTA tudo acontece.
Na copa de 2006 eu tinha parado de trabalhar pra ir atrás do meu sonho. Estava tentando adotar um garotinho de quase 2anos de São Paulo. Quem me conhece daquela época, sabe do que eu to falando. Foi uma fase difícil. Viajamos, conhecemos o menino, contratamos um advogado desonesto e depois um advogado amigo que nos ajudou muito, tentamos entrar com o processo e fomos barrados. Quanto sofrimento meu Deus.
Passamos por outros momentos mais dificeis ainda, o padrão de vida que era alto, caiu absurdamente. Muitas mudanças de emprego, muitas divergencias, muitos transtornos e hoje quatro anos depois, posso dizer que o tempo foi maravilhoso com a gente.
Hoje tenho 3filhos. Isso mesmo TRÊS. Um no céu, uma na terra (a Yasmin) e outro na barriga ( o Miguel). Eu que não tinha nenhum, em quatro anos, Deus me deu tres. Como o tempo é bom!
Hoje, depois que deixei a Yasmin na escola, tive outra vez, a certeza do tempo certo pra tudo.
Yasmin ficava aos berros nos primeiros dias, depois foram as viroses e infecções, depois vieram a falta de sono, os choramingos e as irritações de final de tarde consequentes do cansaço, aí acabaram-se os choramingos mas ainda entrava na escola no meu colo. Quando os choramigos pararam foi a vez de tentar entrar andando, puxando sua bolsa, ja que a barriga está enorme.
Depois de 2 meses ficando sem chorar, sem infecções e outros transtornos, hoje ela entra andando na escola, puxando sua mochila e não fica mais sentadinha, meio que perdida, no meio de tanta criança. Hoje ela chega e ja vai brincar, dançar, cantar.
Foi dificil chegar até aqui, fazia várias comparações com outras criancas, mas não adianta, cada uma tem seu tempo.
E o tempo da minha filha é diferente do tempo do seu filho, e com certeza absoluta será totalmente diferente do tempo do Miguel.
O meu tempo agora se resume em aprender a lidar com as mudanças ou não do agora e prestar atenção nas coisas que Deus quer me dizer, pois o meu tempo é diferente do d"Ele.
Beijos e otimo restino de semana.




terça-feira, 8 de junho de 2010

"Tá" difícil viu.

Tive um find do cão, meu Deus, nunca pensei em passar tanto nervoso como tenho passado. Não sei se são os hormônios, os acontecimentos da escola, o ciúmes e a rejeição da Yasmin comigo, tudo isso junto e misturado ou sei lá mais o que, só sei que ando no limite do limite.
Sei que não posso ficar assim, mas as coisas estão fugindo do meu controle.
Bom vamos por partes, primeiro o stress na escola da Yasmin.
Sexta fomos eu e o Heber buscá-la e como a sala dela fica de frente pra rua, subimos na muretinha pra espiar por cima do muro e o que vimos foi no mínimo revoltante. Uma tia puxando ela pelo bracinho como se fosse uma coisa qualquer, sem o menor cuidado ou atenção, aí parou no meio da sala e foi verificar a fraldinha dela. Não sei se ela tinha feito coco ou se tinha muito xixi, só sei que a levaram pra trocar e enquanto isso, essa mesma tia "preparava" outra criança, diga-se de passagem menor que a Yasmin, enfiando uma blusinha com tanta força na cabecinha da criança que a coitadinha quase caiu, olhando pra tia meio que chorando. O Heber queria ir falar com a diretora, mas a bendita estava viajando. A Yasmin quando foi puxada pelo braço olhava com carinha de medo pra tia. Queria ir lá e dar na cara dela. Que raiva. Conversamos e decidimos que na segunda iriamos falar com a diretora, mas pensei e resolvi esperar até a tarde pra ver novamente a atitude dessa "professora" e pra minha surpresa não foi nada diferente, ela é bruta grossa e estúpida. E olha que tem câmera de segurança em todas as salas. Fiquei pensando no que fazer, se ia falar com a diretora ou com a orientadora hoje de manhã e resolvi falar primeiro com a orientadora, ja que é uma tia que a Yasmin adora e que eu de certa forma confio, pois vejo que as crianças tem carinho por ela.
Hoje quando deixei minha boneca na escola, fale com a orientadora, expliquei, disse que outras mãe ja passaram pelo mesmo problema e tal. Ela prometeu conversar e hoje a tarde vou espiar de novo, se não resolver a conversa, vou até a direção e vou fazer uma reclamação por escrito. Agora é aguardar.

Então, o ciúmes e a rejeição da Yasmin está sendo muito difícil de suportar, contornar, resolver..... Sábado compramos umas coisinhas pro Miguel e quando cheguei em casa escondi, mas escondi daquele jeito e ela achou e veio mostrando, quando eu disse que era do Miguel era falou que não, que era dela e queria vestir de todo jeito. Vestiu na boneca depois tirou, queria por de novo e assim foi. Quando fui troca-la depois do banho, foi um horror, ela não aceitava, gritava, chorava, corria pelada pela casa, queria só que o pai a trocasse, e eu insistindo, mas não teve jeito. Foi quase meia hora de escândalo, eu conversando, falando e ela gritando e eu por fim gritava também. Perdi o controle, chorei o dia todo, remorso, impotencia, medo, frustração tomou conta de mim. E eu fico pensando quando o Miguel nascer, o que vou fazer, e se o pai dela estivesse viajando como ele costuma fazer, o que será de mim???? e o que será dela????
Não sei mais o que fazer. Durante a semana ela está até mais tranquila, mas quando chega o sábado e o domingo vira um inferno. Me morde gratuitamente, sem que eu faça nada. Me dá tapa e quando tento corrigir ou o pai fica ainda pior. Como colocar limites????
Imaginava que não seria fácil, mas está sendo muito pior do que poderia supor nos meus piores pensamentos.
Que Deus me conforte e me ajude porque eu já não sei mais que atitude tomar.

Beijos e até a próximo capítulo.......rs....

Ps.I - Paula, obrigada pelas visitinhas, recadinhos e carinho. Estou adorando. Volte sempre que quiser. Em breve te visitarei.

Ps.II - Cláu, não foi fácil descobrir o que afligia tanto a Yasmin, achei até que poderia ser coisa da minha cabeça quando pensei no que o Heber falava, mas minha intuição estava certa e desde que ele parou de falar, ela dorme melhor a noite toda, resmundo hora ou outra por causa dos sonhos......ela fala dormindo.....rs...

Passeando no bosque

26 semanas de Miguel na barriga.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Dias melhores estão chegando.

Glória a Deus.
Dias melhores estão chegando, tenho certeza, pois já comecei a perceber mudanças aqui em casa.
Desde que a Yasmin começou na creche, minha vida e a dela se tornaram uma bagunça geral, portanto desde o início de fevereiro que a rotina saiu da rotina, digamos assim.........rs.
Foram várias viroses, infecções e muito antibiótico, que judiaram e fizeram minha boneca perder peso, eu ficar estressada e preocupada ao extremo e com tudo isso a adaptação na creche ficou difícil.
Depois que ela começou a tomar o "coquetel" de vitaminas as infecções foram embora, mas outra coisa apareceu.
Ela passou a me rejeitar. Não deixava que eu a trocasse, não aceitava carinho, fazia uma birra atrás da outra e quando o pai chegava em casa, as coisas pioravam muito, muito mesmo. Tanto que chegou ao ponto dela mandar eu sair da cama pra ela dormir só com o pai, e se eu não saisse ganhava chutes, beliscões, mordidas e tapas. Não adiantava conversar porque ela gritava, se jogava até se machucar. Foram dias que achei que nunca iriam acabar. Teve uma semana quase que inteira, que o Heber teve que dormir com ela, sozinha, sem que eu estivesse perto. Detalhe, a noite toda.
Me sentia muito triste, impotente, porque, por mais carinho e atenção que eu estava dando, nada surtia efeito. Comecei a refletir no dia a dia dela em casa depois que chegava da creche e percebi que toda vez que ela fazia birra e o pai estava por perto, ele dizia que ia embora caso ela não parasse.
Bingo, achei o que estava causando ainda mais insegurança nela, fora a chegada do irmão, o medo de ficar sozinha, do pai ir embora.
Resultado, mudamos a conduta, não só o Heber, mas eu também. Passei a fazer ainda mais carinho, dizer mais vezes que a amo, que ela não vai ficar sem o papai e a mamãe, que o Miguel vai chegar pra brincar com ela, que ele também a ama e tudo mais. Passei a brincar mais, dançar as músicas que ela gosta, o problema é a pouca disposição por causa do tamanho da barriga, mas vou dando um jeito. O pai parou de dizer que vai embora, começou a dizer que eu a amo, que ela não pode me bater, que tem que deixar eu cuidar dela por que eu gosto de cuidar dela. E depois de toda essa mudança em nós, a Yasmin melhorou do dia pra noite. Parece incrivel, mas esta dando resultado.
Ah na creche as tias também estão incentivando ela a me aceitar e a aceitar o irmão.
Também não posso deixar de dizer que tenho rezado muito, pedido muito aos anjos e amigos espirituais que me ajudem nessa batalha, que a proteja e a faça perceber o amor que sentimos por ela.
Desde que começamos com novos hábitos ela não chora mais pra ficar na creche. Ainda não chegou ao ponto de pular do meu colo por colo da tia, mas ja tenho percebido as mudanças.
O que eu aprendi com tudo isso????
Que não tem fórmula ideal pra cuidar criar e educar seu filho, que conselhos ajudam muito, mas na prática é outra coisa, pois o que vale mesmo é sua adaptação a criança. Você precisa mudar seus conceitos, ainda mais se a educação que recebeu foi rígida, sem diálogo, com muitos castigos como foi o meu caso. Precisa aprender a conversar, a sentir o tempo da criança, dar espaço, interagir com ela e acima de tudo dar muita atenção e carinho. Não bato na Yasmin, apesar de muitas vezes perder a paciência, gritar e sair chorando.
Aprendi que não são eles que se moldam nos nossos moldes e sim nós nos deles, mas que seja respeitado o limite de tudo, independente de qualquer coisa e situação e tem dado certo.
Só espero que essa mudança toda seja permanente, que consigamos manter esse equilibrio que estamos encontrando agora e que meu lar possa ser o melhor lar do mundo pra Yasmin e o Miguel viverem.
Beijos
Ps. desculpa o post longo.